CONTEÚDO EDUCATIVO

Linfomas: guia claro sobre tipos, sintomas, diagnóstico e tratamento

Entenda, em linguagem simples, o que são os linfomas (Hodgkin e não Hodgkin), como reconhecer sinais de alerta, quais exames confirmam o diagnóstico e como é o cuidado com o hematologista.

Linfomas

Linfomas são cânceres do sistema linfático que surgem nos linfócitos. Podem ser Hodgkin ou não Hodgkin, com comportamentos e tratamentos distintos. Nesta página você encontra tipos, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento explicados de forma clara.

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  • Conteúdo educativo

O que é o linfoma?

Linfoma é um tipo de câncer que se origina nos linfócitos, células de defesa que fazem parte do sistema linfático (linfonodos, baço, timo e vasos linfáticos). O crescimento desordenado dessas células pode formar “ínguas” (aumento de linfonodos) e causar sintomas sistêmicos.

Existem dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfomas não Hodgkin (LNH), que abrangem subtipos com comportamento e tratamentos diferentes. Em muitos casos, o linfoma tem tratamento com intenção curativa.

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O sistema linfático é parte essencial da imunidade; no linfoma, os linfócitos se multiplicam de forma anormal.

Sintomas comuns de linfomas

Os sinais podem variar conforme o subtipo (Hodgkin e não Hodgkin) e a velocidade de evolução. Nem todos os pacientes apresentam todos os sintomas.

“Ínguas” aumentadas

Geralmente indolores, em pescoço, axilas ou virilhas; podem crescer de forma progressiva.

Febre

Febre persistente ou recorrente sem causa evidente, às vezes em picos.

Suor noturno

Suores intensos que molham a roupa de cama.

Perda de peso

Emagrecimento não intencional, especialmente quando significativo em poucas semanas/meses.

Cansaço

Fadiga desproporcional às atividades do dia a dia, podendo haver queda de desempenho.

Coceira

Prurido difuso sem lesões de pele aparentes, mais comum em alguns subtipos.

Dor ou pressão

Desconforto torácico/abdominal por aumento de linfonodos ou órgãos (como baço).

Infecções frequentes

Infecções de repetição podem ocorrer devido à alteração da imunidade.

Causas e fatores de risco

Nem sempre é possível identificar uma causa única para o linfoma. Alguns fatores estão associados a maior probabilidade de desenvolver a doença, mas não significam que a pessoa terá linfoma.

Imunossupressão

Situações que reduzem as defesas do organismo, como pós-transplante com uso de imunossupressores ou infecção pelo HIV, aumentam o risco de alguns subtipos.

Infecções associadas

Determinados agentes infecciosos estão ligados a subtipos específicos, como EBV (vírus Epstein–Barr), HTLV-1, Hepatite C e Helicobacter pylori (linfoma MALT gástrico).

Doenças autoimunes

Condições como tireoidite de Hashimoto, síndrome de Sjögren e doença celíaca podem se associar a maior risco de linfomas em determinadas localizações.

Idade e sexo

O risco varia conforme o subtipo. Alguns LNH aumentam com a idade avançada; o linfoma de Hodgkin tem padrão bimodal (adultos jovens e acima dos 55 anos) e é discretamente mais frequente em homens.

Histórico familiar

Ter parentes de primeiro grau com linfoma pode elevar levemente o risco. Em geral, o componente hereditário é baixo e não há exames de rastreio genético de rotina.

Exposições ocupacionais/ambientais

Contato crônico com solventes orgânicos (ex.: benzeno), alguns agrotóxicos e radiação ionizante é descrito como fator associado. O impacto depende da dose e do tempo de exposição.

Condições médicas crônicas

Hepatite C e doenças inflamatórias crônicas podem se relacionar a subtipos específicos de LNH, muitas vezes por estímulo imune contínuo.

Observação

Ter um fator de risco não significa que a pessoa terá linfoma; da mesma forma, muitos pacientes não apresentam fatores identificáveis. A avaliação individual com hematologista é essencial.

Diagnóstico do linfoma

O diagnóstico combina exames de imagem, análises laboratoriais e a biópsia do linfonodo, que confirma o subtipo do linfoma. Cada etapa é fundamental para definir o melhor tratamento.

O diagnóstico do linfoma exige exames complementares, com destaque para a biópsia do linfonodo.

Exame físico

Avaliação clínica de linfonodos aumentados, fígado e baço.

Exames de sangue

Hemograma, função renal, hepática e exames específicos (LDH, sorologias).

Biópsia do linfonodo

Padrão-ouro: análise histopatológica confirma o subtipo do linfoma.

Exames de imagem

Tomografia ou PET-CT avaliam extensão da doença no corpo.

Aspiração/biópsia de medula óssea

Verifica infiltração da medula óssea por células do linfoma.

Tratamento do linfoma

A escolha do tratamento depende do subtipo (Hodgkin ou não Hodgkin), estadiamento, velocidade de evolução e condições clínicas. O objetivo pode ser curativo ou de controle da doença.

Quimioterapia

Esquemas combinados (ex.: ABVD, CHOP e variações) para reduzir/eliminar células do linfoma.

Imunoterapia (anticorpos)

Anticorpos monoclonais (ex.: anti-CD20) e drogas que modulam o sistema imune, isolados ou combinados.

Terapias-alvo

Medicamentos que agem em alvos específicos da célula tumoral, conforme o subtipo do LNH.

Radioterapia

Indicada em áreas localizadas, isolada ou após quimioterapia, conforme resposta e estágio.

Transplante de medula óssea

Autólogo ou alogênico em situações selecionadas (recaída, alto risco), após avaliação especializada.

Observação ativa

Alguns linfomas indolentes podem ser acompanhados com consultas e exames periódicos.

Cuidados de suporte

Profilaxias, atualização vacinal, manejo de sintomas e reabilitação para manter qualidade de vida.

Ensaios clínicos

Em cenários específicos, participação em estudos pode oferecer acesso a terapias inovadoras.

Prevenção e qualidade de vida

Durante o tratamento e no seguimento, pequenos cuidados ajudam a reduzir riscos de infecção, controlar efeitos colaterais e manter bem-estar físico e emocional.

Hábitos diários como vacinação, alimentação, exercícios e sono adequado fortalecem a recuperação.

Vacinação

Manter calendário atualizado (gripe, COVID-19, pneumococo) conforme orientação médica. Evitar vacinas de vírus vivos em períodos de imunossupressão.

Higiene e hábitos

Lavar as mãos com frequência, hidratar a pele, evitar manicure agressiva e compartilhar objetos pessoais. Preferir ambientes ventilados.

Alimentação

Dieta equilibrada, boa ingestão de proteínas e líquidos. Em neutropenia, seguir orientações de segurança alimentar (bem cozido, higienização).

Atividade física

Exercícios leves a moderados conforme energia e liberação médica. Priorizar caminhada, alongamentos e treino de força progressivo.

Sono e saúde emocional

Rotina de sono regular, técnicas de respiração/meditação. Considerar psicoterapia e grupos de apoio. Compartilhar sintomas de ansiedade/depressão na consulta.

Rotina e retorno às atividades

Ajustar horários e intensidade conforme ciclos de tratamento. Planejar pausas e evitar exposição a aglomerações quando neutrófilos estiverem baixos.

Quando procurar o serviço de saúde

Febre ≥ 38 °C, falta de ar, sangramentos, vômitos persistentes, diarreia intensa, dor forte, queda importante do estado geral ou reação ao medicamento.

Evitar

Tabaco, álcool excessivo e automedicação. Suplementos/herbais somente com liberação do hematologista (podem interagir com as terapias).

Dr. João Saraiva, Hematologista e Hemoterapeuta
Dr. João Saraiva — Hematologista e Hemoterapeuta

Dr. João Saraiva

Hematologista e Hemoterapeuta — CRM-PA 12305 | CRM-SP 170631

  • Médico — UEPA
  • Residência — UNIFESP (Clínica Médica)
  • Hematologia/Hemoterapia — USP
  • Transplante de Medula — HIAE

Atua no diagnóstico e tratamento de doenças do sangue e da medula óssea, com abordagem baseada em evidências e foco no cuidado integral do paciente.

  • Anemias: falciforme, ferropriva, hemolítica, aplástica
  • Transtornos da coagulação e plaquetários
  • Trombose e trombofilias
  • Púrpura e trombocitopenias
  • Leucemias (agudas e crônicas)
  • Linfomas (B, T, alto grau)
  • Mieloma múltiplo
  • Indicação e acompanhamento para transplante de medula óssea

📍 Travessa Mauriti, 3085 — IHEBE, Marco, Belém - PA

O que os pacientes dizem

Depoimentos reais de pacientes atendidos em Belém do Pará. Conteúdo textual extraído do Google, sem imagens.

Localização

Endereço Travessa Mauriti, 3085 — IHEBE, Marco, Belém - PA
Telefone (91) 99801-0809
Horário Segunda a Sexta — 08h às 18h
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Dr. João Saraiva

Hematologista e Hemoterapeuta — CRM-PA 12305 | CRM-SP 170631

Travessa Mauriti, 3085 — IHEBE, Marco, Belém - PA

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